COSMOVISÃO MISSIONÁRIA
ADMEP
Transformando Vidas pelo Ensino
Sistemático da Palavra
Rua, Dr.
José Thomas, 651 – Pavuna – Rio de Janeiro – RJ
CEP.
21. 520-20
Pastora da ADMEP: Maria Valda
RG. 032/2018 – CIMADESO
Departamento
de Educação Cristã
Escola Bíblica Dominical
COSMOVISÃO MISSIONÁRIA
Romanos 15. 20 – 20
Introdução: Estamos quase concluindo o estudo da Epístola aos
Romanos. Na lição de hoje estudaremos o penúltimo capítulo como continuação do
texto anterior, Paulo prossegue tratando a respeito do amor e do respeito que
devemos ter para com todos os irmãos. Assim, como fomos acolhidos pela
misericórdia de Jesus Cristo, precisamos acolher o próximo. Acolher não somente
aqueles que fazem parte do Corpo de Cristo, mas também os que ainda estão fora
e precisam ouvir a mensagem do Evangelho. Paulo dedicou toda a sua vida à
pregação do Evangelho. Ele procurou anunciar o nome de Cristo e sua graça aos
que ainda não tinham ouvido nada a respeito do Filho de Deus. O apóstolo pede
que a igreja em Roma ore por ele e o ajude na obra missionária, pois, sem a
ajuda dos irmãos, ele não teria como continuar anunciando a Cristo aos que
estavam perdidos.
I. A NECESSIDADE DE UMA COSMOVISÃO MISSIONÁRIA
(Rm 15. 14 – 21)
1.1. O propósito da missão. Paulo desejava que os crentes romanos compartilhassem do propósito da
sua chamada – a conversão do mundo gentílico ao Evangelho (Rm 15. 16). Paulo também
desejava que os crentes tivessem consciência de que esse serviço é um
sacrifício do qual Deus se agrada.
1.2. O agente da missão. O ministério de Paulo foi marcado pela atuação do espírito Santo (I Co 2.
1 – 4). Não há movimento missionário que se sustente sem a participação efetiva
do Espírito Santo. É Ele que traz o poder de convencimento ao mundo perdido e
prova que Jesus Cristo continua vivo. O Movimento Pentecostal é uma prova viva
de que o Espírito Santo é a mais poderosa força geradora de Missões.
1.3. A esfera da missão. Paulo pregou o Evangelho desde Jerusalém até ao Ilírico. Um mapa da época
nos permite ver que esses eram os pontos extremos do mundo alcançado por Paulo.
Agora, ele precisava ampliar a esfera do seu projeto missionário, pois não
queria pregar onde outros já tivessem pregado (Rm 15. 20, 21). A igreja
precisa ter uma cosmovisão missionária abrangente.
II. A NECESSIDADE DO PLANEJAMENTO MISSIONÁRIO
(Rm 15. 22 –
29)
2.1. Estabelecer
base. Um dos princípios básicos da implantação de
um projeto evangelístico é feito primeiramente com o estabelecimento de uma
base missionária, um ponto de apoio. Paulo sabia que o seu projeto só teria
sucesso se a igreja de Roma se tornasse um ponto de apoio: (Rm 15. 24). A
expressão “seja encaminhado por vós” traduz o termo grego propempto,
que ocorre nove vezes no Novo Testamento. Esta palavra segundo o léxico de
Bauer significa “ajudar na jornada de
alguém com alimento, dinheiro, companheiros e meios de viagens”. Não se faz
missões sem esse tipo de apoio.
2.2.
Estabelecer intercâmbio. A vida de Paulo foi marcada pela entrega aos
outros. (Rm 15. 26). Paulo já havia estabelecido parceria entre as igrejas. Aqui
o intercâmbio é feito entre as igrejas da Macedônia e Acaia e a igreja de Jerusalém.
A “igreja
mãe” estava sendo ajudada pelas filhas.
Para que a obra missionária seja realizada com excelência é necessário que haja
planejamento.
III. A NECESSIDADE
ESPIRITUAL NA OBRA MISSIONÁRIA
(Rm 15. 30 –
33)
3.1. A necessidade
da cobertura espiritual. O apóstolo Paulo, ao contrário de muitos que se
aventuram na obra missionária, sabia da necessidade de uma “cobertura espiritual”. (Rm 15.
30). Paulo conta com o apoio da Trindade no seu projeto missionário. Deus Pai,
Deus Filho e Deus Espírito Santo são invocados como suporte para sua missão. E
também, contava com a oração da igreja. A palavra combatais traduz o grego
synagonisasthai, que significa lutar ou contender junto com alguém. O sentido é de uma luta espiritual na
oração.
3.2. A necessidade
do refrigério espiritual. Missões envolvem conflito espiritual e muitas
vezes lágrimas. Todavia, missões são marcadas também por satisfação espiritual
e alegria (Sl 126. 5, 6). Sem dúvida o apóstolo tinha isso em mente quando
escreveu aos romanos (Rm 15. 31, 32). Missões, portanto, é refrigério no poder do
Espírito Santo. Existem inúmeras necessidades
espirituais na obra missionária.
Perfil
dos Menos Evangelizados
§
Percentual de
Crentes: menos de 2% de cristãos
§
Pobreza: cerca de
80% das pessoas mais pobres do mundo vivem nessas áreas.
§
Forças Religiosas: a grande
maioria dos países mais pobres do mundo constitui-se de muçulmanos, budistas e
hindus.
§ Obs.. A grande
maioria dos países mais ricos do mundo é cristã.
Ex.: Estados
Unidos (cristianismo = 85%), Itália
(cristianismo = 83 %), Espanha
(cristianismo = 94%), Inglaterra
(cristianismo = 86%), Alemanha
(cristianismo = 80%), Canadá
(cristianismo = 80%), França
(cristianismo = 71%).
Povos Não-alcançados: existem 500
grupos étnicos completamente não-alcançados.
Guia Prático
de Missões. 1ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 52.
Conclusão: - Nessa lição, vimos uma das razões que levou o
apóstolo a visitar a igreja de Roma. Não era apenas uma visita fortuita, mas
algo planejado. O seu alvo era o estabelecimento de um ponto de apoio para seu
empreendimento missionário. Para isso, Paulo usa esse espaço de sua Epístola
para informar aos crentes em Roma das diretrizes tomadas para essa viagem. A igreja
de Roma, que não tinha Paulo como seu fundador, teria a oportunidade de ver
como trabalhava e apoiar aquele que foi, sem dúvida, o maior missionário da
história.
Lição elaborada pela prof. ª Maria
Valda
Pastora da ADMEP.
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