LIÇÃO 5 – O CUIDADO COM AQUILO QUE FALAMOS
Assembleia de Deus Ministério
Estudando a Palavra
EBD – Escola Bíblica Dominical
Departamento de Educação Cristã
LIÇÃO 5 – O CUIDADO COM AQUILO
QUE FALAMOS
DIA 03/11/13
TEXTO ÁUREO
“Favo de mel são as palavras suaves:
doces para a alma e saúde para os ossos” (Pv 16:24).
Verdade Pratica:
As nossas palavras revelam muito do que somos,
Pois a boca fala do que o coração está cheio.
Leitura Bíblica em Classe
Provérbios 6: 16-19; 15: 1,2,23;
16: 21,24
Objetivos:
Compreender – As
consequências das palavras.
Explicar – Os símbolos
usados por Salomão e Tiago.
Ter – Cuidado com
o bom uso da língua.
Obs.: Um dos maiores, e mais impressionantes, poder que a
maioria de nós temos é a palavra. É a fala. A palavra pode levantar ou derrubar,
agradar ou desagradar, emocionar ou irritar, trazer para perto ou afastar. Pode
ser mel ou fel, tanto para quem ouve como para quem fala. Num momento ela
exprime toda uma paixão, todo um amor, ternura, admiração, respeito, e num
outro toda a raiva, rancor, ressentimento, inveja. A palavra pode estar
respaldada na verdade ou esconder a mesma verdade. Mas isso não é difícil de
perceber por aquele que tem uma consciência maior de si mesmo e, portanto, do
outro. Simplesmente porque a palavra não vem sozinha nunca. A palavra não é
independente. Ela está sempre atrelada ao tom da voz, a emoção colocada, a
respiração, ao ritmo em que é dita, ao olhar, aos gestos... E quando ela é
falada em sintonia com tudo isso, vem carregada de um poder muito grande, tanto
para o bem quanto para o mal. É uma forma de energia fortíssima!
Introdução: - Provérbios e Tiago contêm as
mais belas exposições sobre uma capacidade que apenas os seres humanos possuem:
a fala. Na lição de hoje, analisaremos o que as Escrituras revelam sobre esse
fascinante dom. Num primeiro momento, estudaremos como o falar é tratado pelos
autores sagrados. Em seguida, veremos os conselhos que Salomão e Tiago dão
aqueles que verbalizam pensamentos, princípios e preceitos. O objetivo é
mostrar como a literatura sapiencial bíblica toca num ponto sensível da vida
humana, muitas vezes esquecido pelos cristãos: a devida e correta utilização
das palavras.
I. O PODER DAS PALAVRAS
1 – Palavras que matam. É evidente que, dependendo do
contexto em que são faladas e por quem são pronunciadas, podem ferir e até
mesmo matar (Pv 18: 21a). Este exemplo pode ser observado na vida
conjugal, quando uma palavra ofensiva, injuriosa, dita por um cônjuge, ofende e
magoa o outro. Se não houver perdão de ambas as partes o relacionamento pode
deteriorar-se (Pv 15:1).
“Nossas palavras tem que ter o
propósito de edificar vidas e trazer vida para que aqueles nos quais,
principalmente hoje estão com suas vidas emocionais e espirituais completamente
abaladas e carentes tanto de afeto quanto de palavras edificadoras (Pv 14: 3;
15: 23; 16: 21,24 )”.
2 – Palavras que vivificam. A palavra hebraica dabar significa
palavra, fala, discurso, dito, promessa, ordem. Os temas contemplados pelo uso
desses termos são, na maioria das vezes, valores morais e éticos. Salomão tem
consciência da importância das palavras e, por isso, afirma: “O sábio de
coração será chamado prudente, e a doçura dos lábios aumentará o ensino. (Pv
16: 21,24).
“Um dos gomos do fruto do
Espirito Santo é o Domínio Próprio, pois através dele controlamos nosso olhar,
nosso ouvido, nossa mente e o principal nossa língua, pois através dela
edificamos ou magoamos alguém. (Gl 5:22)”.
II. CUIDADOS COM A LÍNGUA
1 – Evitando a tagarelice. Há um provérbio muito popular
que diz: “Quem fala o quer houve o que não quer”. Esse ditado revela a maneira
imprudente de se falar, algo bem próprio do tagarela. Este personagem está
presente na tradução do hebraico batah: pessoa que fala irrefletida e
impensadamente. Não basta dizer: “Pronto falei!” É preciso medir as
consequências do que se fala. E a melhor forma de fazer isso é compreender que
na “multidão de palavras não falta transgressão, mas os seus lábios são
prudentes” (Pv 10: 19). Salomão tinha essa consciência (Pv 13: 3).
2 – Evitando a
maledicência. O livro de provérbios também apresenta conselhos sobre a
maledicência. Ali, a palavra parece como sendo a sétima abominação, isto
é, o ponto máximo de uma lista de atitudes que o Senhor odeia (Pv 6: 16-19). O
Senhor “abomina” (do hebraico to'ebeah) a maledicência ou a contenda entre
irmãos. No original “abominar” significa “sentir nojo de” e pode se referir a
coisas de natureza física, ritual ou ética. Deus se enoja de intrigas entre
irmãos. É a mesma palavra usada para descrever coisas abomináveis ao Senhor,
tais como a Idolatria (Dt 7: 5), o Homossexualismo (Lv 18: 22-30), e os
sacrifícios humanos (Lv 18: 21).
III. O BOM USO DA LÍNGUA
1 – Quando a língua edifica. Como servos de Deus, somos
desafiados a usar palavras como um meio para ajudar nossos irmãos, através de
exortações, bons conselhos, e também através do ensino da Palavra de Deus e de
seus princípios (1Co 14: 26 ; Pv 18: 13; 19: 2; 10: 19).
Para que sejamos agentes
edificadores nos dias atuais, em qualquer lugar que estejamos é necessário duas
coisas: 1° Conhecer Jesus o maior edificador que já existiu (Jo 5: 39;
Mt 22:29), 2° Estar em contato com o Espirito Santo em todo o momento
(1Ts 5: 17; Pv 12: 18 Pv 13: 3).
2 – Nossa língua adorando a Deus. O melhor uso que se pode fazer
da palavra é quando empregamos para nos dirigir-nos a Deus em adoração. Todo
crente fiel sabe disso, ou deveria saber (Pv 10: 32). O Senhor se agrada dos
sacrifícios de louvor (hb 13: 15). Esse é o segredo para uma vida frutífera e
agradável ao Senhor (Ef 5: 19,20). Não nos esqueçamos, pois, da maior vocação
de nossa língua: louvar e exaltar a Deus.
IV. SALOMÃO E
TIAGO
1 – Uma palavra ao aluno. Abundante no livro de Provérbios
a expressão hebraica shama beni ocorre 21 vezes com o sentido de “ouvi
meu filho”. Não há dúvida de que o emprego de tal linguagem revela o amor de
uma pessoa mais experiente, dirigindo-se a outra ainda imatura. É alguém sábio
e experimentado na vida, passando tudo que sabe e o que vivenciou ao seu
aprendiz (Pv 1: 8,10,15; 3: 1,21; 5: 1,20; 7:1).
2 – Uma palavra ao mestre.
Se por um lado Salomão se dirigiu ao discípulo (hebraico filho, aluno), por
outro lado Tiago falou aqueles que querem ser mestres. Os que pregam e ensinam
a palavra de Deus têm de falar somente o que convém à sã doutrina (Tt 2: 1). Em
sua epístola, Tiago utiliza símbolos extraídos do cotidiano, mas carregados de
significados conforme abaixo;
1 – Freios – Assim como controla o animal,
deve o crente refrear e controlar a sua língua (Tg 1: 26; 3:2,3). O sentido no
original é um freio ou um cabresto colocado na boca do animal. A lição é clara,
quem fala muito tem que aprender a se controlar (Mt 12: 33-37).
2 – Leme – Se o leme conduz o navio ao
porto desejado, deve o crente dirigido o seu falar para enaltecer a Deus (Tg 3:
4). A lição é clara só é prudente quem fala na hora certa e sabe conduzir
verbalmente.
3 – Fogo – Uma língua sem freios e fora de
controle queima como fogo. Por isso, mantenhamos nossa língua sob o domínio do
Espírito Santo. A língua como fogo incendia, arruína, magoa e até mata uma
pessoa, por isso precisamos fazer igual a Jesus, ensinar e edificar vidas
através das nossas palavras (Tg 3: 6; Lc 7: 45).
4 – Mundo – A língua pode se tornar um
universo de coisas ruins. Então o que fazer? Transformá-las num manancial de
coisas boas. Nossa língua não pode e nem deve fazer parte do sistema maligno,
onde há, mentira, difamação, calúnia e etc (Tg 3: 6; Jo 6: 31-40).
5 – Veneno – O perigo reside em alguém uma
língua grande, ferina e venenosa. Há um veneno na língua que precisa ser tirado
(Tg 3: 8). Esse veneno é comparado as línguas fofoqueiras, aqueles que abençoam
e ao mesmo tempo amaldiçoam, com ela bendizemos ao Senhor e também amaldiçoamos
os homens.
6 – Fonte – Como fonte, a língua deve
jorrar coisas própria à edificação. Os orientais sabiam da importância que as
fontes de água doce e perene possuía para eles. “Acaso, pode a fonte jorrar do mesmo
lugar o que é doce e o que é amargo? (Tg 3: 11,12). De Jesus sempre jorrou água
doce para quem tinha sede e amargoso para quem queria atalho para chegar ao
céu.
7 – Árvore – A boca do crente, deve por
conseguinte produzir frutos bons. Portanto usemos nossas palavras para a glória
de Deus (Tg 3: 1-12). Cada árvore produz o seu próprio fruto, pois jamais uma
árvore irá um fruto diferente. Assim somos nós servos de Deus, nossos frutos
tem que ser edificante, produtivos e abençoadores. Nossos lábios são para
glória de Deus e a benção tem que estar sempre em nossa boca (Jo 15; Ef 4:
17-22; 2Co 5: 17; Gl 5: 22).
Abaixo tem 6 Princípios Bíblicos
no livro de Provérbios para ter um bom Relacionamento.
1 – Saiba Ouvir – Entender o
que Ouve (Pv 18: 13).
2 – Não se Apresse em Falar – Primeiro
Ouça (Pv 17: 28; 19: 2)
3 – Fale Pouco – Equilíbrio (Pv
10: 19; 13: 3; 12: 18)
4 – Fale Coisas boas para as
pessoas – Sobre Jesus (Pv 16: 24,28; 20: 19)
5 – Não Atice (Fomente) Conversas
- Para não gerar Contendas (Pv 30: 33; 26: 20,21)
6 – Fale Pouco de Si Mesmo - Seja
humilde (Pv 27: 2)
Conclusão - Vimos nesta lição os conselhos
dos sábios sobre o bom uso da língua. A linguagem, como algo peculiar ao ser
humano, é muito preciosa para ser usada iniquamente. Não permitamos, pois, que
a nossa língua seja instrumento de um dos pecados que Deus mais abomina: a
disseminação de contenda entre irmãos. A luz da Palavra de Deus, somos
encorajados a andar em unidade, harmonia e paz. Portanto, com a nossa língua abençoemos
o nosso semelhante, pois assim fazendo, bendiremos também ao Senhor nosso Deus.
Luiz Afonso
Professor Palestrante
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