“TRABALHO E PROSPERIDADE”
EDMEP –
Assembleia de Deus Ministério Estudando a Palavra
Aluno: Luiz Afonso
Dia 20/10/13
Lição 3
“TRABALHO E PROSPERIDADE”
Introdução: A necessidade de trabalhar faz parte
da natureza do homem. Esta afirmação é verdadeira pelo fato do homem ter
sido criado “a imagem e conforme à
semelhança de Deus”. Assim, o homem não foi criado para ser inerte, parado,
sem vida. Trabalhar é estar em ação, em atividade. O trabalho feito com prazer,
especialmente por aqueles que têm consciência de que estão cumprindo a vontade
de Deus, não apenas dignifica o homem como também o vitaliza, pois, conforme
afirmou Salomão, “em todo o trabalho
há proveito...” (Pv 14:23).
Para
o homem sem Deus, ou até para aquele que se diz “crente”, mas não conhece a Palavra de Deus, trabalhar se torna
uma obrigação, um agente gerador de ansiedade. Trabalham, mas, trabalham de mal
com o trabalho, vendo na pessoa do patrão, um agente escravizador. Isto não
pode acontecer com aquele que conhece a Palavra de Deus. Afirmo que o trabalho
foi instituído por Deus, mesmo antes da queda do homem. Trabalhar, portanto,
significa cumprir a vontade de Deus. Para um filho de Deus ter um trabalho e
poder tirar dele sua subsistência deve ser considerado como uma benção, não
como um sacrifício. Você já agradeceu a Deus, hoje, pelo seu emprego, ou pela
sua profissão?
I.
A METÁFORA DO CELEIRO E DO LAGAR - (Pv 3:9,10)
“Honra ao SENHOR com a tua fazenda e com as
primícias de toda a tua renda; e se encherão os teus celeiros abundantemente, e
trasbordarão de mosto os teus lagares”.
Lagar:
“Palavra
que é usada indiscriminadamente a respeito do instrumento no qual as uvas eram
esmagadas, ou a respeito do balde que aparava o suco daí resultante. Sua
plenitude era sinal de prosperidade, enquanto que quando o lagar estava ‘seco’
havia a representação simbólica de fome.
“É
o vocábulo usado metaforicamente em Is 63:3, e também em Jl 3:13, onde o lagar
cheio e transbordante indica a grandeza do morticínio de que o povo estava
ameaçado.
1. A dádiva que faz prosperar. Dentre as muitas
metáforas usadas por Salomão para se referir ao trabalho, encontramos a
metáfora do “celeiro” e do “lagar”. O sábio aconselha: “Honra ao SENHOR com a tua fazenda e com as primícias de toda a tua
renda; e se encherão os teus celeiros abundantemente, e trasbordarão de mosto
os teus lagares”. Aqui, temos um apelo a favor do uso apropriado das
posses materiais. No final das contas, o homem é um mordomo, e tudo que ele tem
pertence a Deus (Salmos 50:10-12 e 24:1). Quando ele honra a Deus com parte do
seu progresso, ele vai ser abençoado materialmente - “e se encherão os teus celeiros”. Temos aqui um princípio de
mordomia e não uma garantia de riquezas materiais. Podemos confiar a Deus as
nossas dádivas e que Ele garante a provisão das nossas necessidades materiais
(Mt 6:33). O mordomo cristão nunca precisa temer que vai ser o perdedor ao dar
a Deus (Ml 3:8-10). Ninguém perde porque crê ou porque obedece. O homem de Deus
não é um servo relutante, mas um mordomo feliz e responsável.
Não
podemos ser influenciados pela maneira de pensar deste mundo (Rm 12:2). Para
alguns, o "TER" passou a ser mais importante que o "SER". O
materialismo estimula as pessoas a viverem para TER. Porém, a ênfase do
cristianismo bíblico está em viver para SER. Somos desafiados a viver para
sermos santos, luz do mundo e sal da terra em meio a uma geração que vive para
TER. É evidente que como seres terrenos temos que trabalhar com ousadia,
integridade e dedicação para conquistar os recursos materiais necessários para
nossa sobrevivência e contribuir para o reino de Deus. Contudo, a Bíblia
condiciona a prosperidade do homem a uma vida de obediência ao Senhor. Não é
possível ter-se felicidade, bem-estar, alegria, sucesso e êxito se o indivíduo
não cumprir a lei do Senhor, não O buscar de todo o seu coração.
2. A bênção que enriquece - “A bênção do Senhor é que enriquece, e ele
não acrescenta dores” (Pv 10:22). Não podemos negar e nem deixar de
ser gratos por essa vida, pois, para os crentes e demais homens, ela é um
testemunho da bondade e misericórdia de Deus. Os bens materiais, inclusive o
dinheiro, são bênçãos que Deus nos concede para usufruirmos dele e beneficiar o
próximo e a obra de Deus. Seria hipocrisia de nossa parte negar que o dinheiro
é um bem apreciável, pois quanto mais recursos financeiros uma pessoa possui,
mais oportunidades ela tem para oferecer uma educação melhor aos seus
descendentes, investir em sua saúde, adquirir bens que serão utilizados de
forma razoável e confortável, e abençoar a obra de Deus de forma generosa. Mas,
precisamos entender também que o dinheiro é um ótimo servo, mas um senhor
impiedoso se o colocarmos nessa posição também. Se não tivermos nossas vidas
diante de Deus, perderemos o foco da verdadeira prosperidade: um relacionamento
com o Doador, e não com a dádiva. Não foi à toa que Jesus falou contra Mamom e
os perigos do relacionamento com ele.
Fazer
a vontade de Deus e manter uma estreita comunhão com Ele é o segredo para se
ter uma vida próspera.
II.
A METÁFORA DA FORMIGA - (Pv 6:6-11)
“Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha
para os seus caminhos e sê sábio. A qual, não tendo superior, nem oficial, nem
dominador, prepara no verão o seu pão; na sega ajunta o seu mantimento. Ò
preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quando te levantarás do teu sono? Um
pouco de sono, um pouco tosquenejando, um pouco encruzando as mãos, para estar
deitado, assim te sobrevirá a tua pobreza como um ladrão, e a tua necessidade,
como um homem armado” (Pv 6:6-11).
1. As formigas sabem poupar. Em Pv 6:6-11, o
sábio nos adverte a aprender com as formigas. Numa época em que as mudanças
ocorrem numa rapidez que nos atordoa, nossa única defesa é a tentativa de
antecipar, como as formigas fazem, o amanhã e nos prepararmos, desde já, para
responder aos desafios que o futuro nos apresentará. O segredo para ter mais
segurança quanto ao futuro é fazermos planos e trabalharmos baseados neles
agora. A conhecida passagem de Tiago 4:13-16 nos diz para não fazer planos, e
sim para nos darmos conta de que todos os planos para o crente são declarações
de fé. É a nossa maneira de dizermos: “Senhor, é isso o que acreditamos que
quer que façamos, e é isso que temos a intenção de fazer. Se quiseres nos
dirigir para o outro caminho, estamos abertos à tua orientação. Enquanto isso,
prosseguimos adiante pela fé”. Portanto, precisamos fazer planos e oferecê-los
como declarações de fé ao Senhor como nosso compromisso a Ele. Prepare-se, pois
seu futuro depende, em grande parte, do que você fizer hoje.
2. A Bíblia condena o preguiçoso. Sobre a Preguiça, a Bíblia diz: “A preguiça faz cair
em profundo sono, e a alma enganadora padecerá fome” (Pv 19:15); “Pela muita
preguiça se enfraquece o teto, e pela frouxidão das mãos goteja a casa” (Ec
10:18). Num mundo competitivo como o nosso, ninguém pode se dar o luxo da
preguiça. Com acerto afirmou Elifaz a Jó: “Mas
o homem nasce para o trabalho, como as faíscas das brasas se levantam para voar”
(Jó 5:7). Isto corrobora a nossa afirmação de que o trabalho foi instituído por
Deus e que é uma exigência da natureza do homem. Em sendo assim, e assim é,
então queremos crer que não existe crente que conhece a Palavra e que seja
preguiçoso. Isto porque o crente, sendo nascido de novo, é filho de Deus; como
filho, ele é participante da natureza divina, conforme declara Pedro: “Visto como o seu divino poder nos deu tudo o
que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou por
sua glória e virtude, pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas
promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina...” (2
Pedro 1:3-4). Assim, crente que é filho de Deus não pode ser preguiçoso, pois,
a inércia, a inatividade, e outros atributos que caracterizam a preguiça, não
fazem parte da natureza Divina. Lembre-se: o tempo é matéria-prima da vida.
Precisamos tomar consciência de sua importância e de como aproveitá-lo melhor.
III.
A METÁFORA DO LEÃO (Pv 22:13; 26:13)
“Diz o preguiçoso: Um leão está lá fora;
serei morto no meio das ruas” (Pv 22:13). “Diz o preguiçoso: Um leão está no
caminho; um leão está nas ruas” (Pv 26:13).
Aqui
nestas duas metáforas, vemos as desculpas esfarrapadas do preguiçoso. Esse é o
tipo de pessoa que sempre acha boas razões para justificar a sua preguiça – “mais sábio é o preguiçoso a seus olhos do
que sete homens que bem respondem” (Pv 26:16). Note-se que o
preguiçoso não é nenhum anormal. Frequentemente é um homem comum que usou
desculpas demais, recusas demais e adiamentos demais. Isso explica, pelo menos
em parte, por que a pobreza chega à casa dele. Ela surge como um ladrão, e nada
à pode impedir, porque é o fruto da indolência e da procrastinação – “assim te
sobrevirá a tua pobreza como um ladrão, e a tua necessidade, como um homem
armado” (Pv 6:11).
Para
superar a preguiça, devem ser dados alguns pequenos passos em direção à
mudança. É necessário estabelecer uma meta concreta e realista, verificar quais
são os passos necessários para alcançá-la e segui-los. Deve-se orar, pedindo a
Deus força e persistência. Para que as desculpas não tornem alguém inútil, é
necessário parar de dar desculpas vãs. A preguiça é mais perigosa do que um
leão.
IV.
O TRABALHO E A METÁFORA DOS
ESPINHEIROS - (Pv 24:30-34)
30. Passei pelo
campo do preguiçoso e junto à vinha do homem falto de entendimento;
31. e eis que toda
estava cheia de cardos, e a sua superfície, coberta de urtigas, e a sua parede
de pedra estava derribada.
32. O que tendo eu
visto, o considerei; e, vendo-o, recebi instrução.
33. Um pouco de
sono, adormecendo um pouco, encruzando as mãos outro pouco, para estar deitado,
34. assim sobrevirá
a tua pobreza como um ladrão, e a tua necessidade, como um homem armado.
O preguiçoso só vê
dificuldades. O caminho do
preguiçoso não é cercado de espinhos, mas é como se fosse. O problema não
existe, mas por causa de sua preguiça ele age como se existisse. O preguiçoso
vê dificuldade em tudo. Ele não procura trabalho porque parte do pressuposto de
que todas as portas da oportunidade lhe estarão fechadas. Ele não se dedica aos
estudos porque está convencido de que não vale a pena estudar tanto para depois
não ter recompensa. Ele só enxerga espinhos na estrada da vida enquanto dorme o
sono da indolência.
É diferente a
vereda dos retos. Mesmo que haja
espinhos, o homem reto os enfrenta. Mesmo que a estrada seja sinuosa, ele a
endireita. Mesmo que haja vales, ele os aterra. Mesmo que haja montes, ele os
nivela. O homem reto é aquele que transforma dificuldades em oportunidades,
obstáculos em trampolins, desertos em pomares e vales em mananciais. Ele não
foca sua atenção nos problemas, mas investe toda a sua energia na busca de
soluções.
1. Trabalho, prosperidade e espiritualidade! Enquanto passeava
pelo campo, o sábio observou a vinha de um preguiçoso, e eis que tudo estava
cheio de espinhos. Havia mato e urtigas por todo lado, e o muro de pedra estava
em ruínas. O sábio extraiu uma lição desse episódio: o indivíduo que gosta de
dormir muito e está sempre em repouso será assaltado pela pobreza repentina
como quem encontra um ladrão armado. Se a preguiça nos afastar de nossas
responsabilidades, a pobreza poderá afastar-nos do legítimo descanso que
deveríamos desfrutar.
Aqueles
que sucumbem à preguiça espiritual tem a vida (representada pela vinha)
infestada de problemas (espinhos e urtigas) e não produzem fruto para Deus. As
defesas espirituais (o muro de pedra) caem por terra, e Satanás expande sua
área de atuação. Essa situação de desinteresse e apostasia resulta em pobreza
de alma.
2. Trabalho, ócio e lazer. Um homem normal não
pode viver sem trabalho. Não se trata de precisar ou não trabalhar pela
sobrevivência; trata-se de uma exigência da natureza humana, e isto procede de
Deus. Deus não criou o homem para viver em ociosidade. Quem, decididamente, se
entrega ao ócio, e se deixa
dominar pela preguiça, acaba doente. São estas pessoas as frequentadoras
contumazes dos divãs dos psicanalistas, e dos consultórios dos psicólogos.
O
trabalho é uma das demonstrações mais eloquentes da dignidade do ser humano.
Ora, se Deus fez o homem para servi-lo, para que executasse tarefas que
exaltassem o nome do Senhor, é praticamente intuitivo que todo e qualquer ser
humano que se disponha a se submeter ao senhorio de Deus seja alguém que tenha
no trabalho uma de suas principais marcas.
CONCLUSÃO: - O trabalho além de dignificar o
homem, o faz prosperar. Diante do Senhor ninguém será considerado ‘mais crente’
por se ocupar somente de coisas espirituais e negligenciar as práticas
materiais. Em muitos casos, aqueles que alegam ‘trabalharem somente para
Jesus’, na verdade, estão dando trabalho para a igreja. Dizem que vivem da fé,
mas, na verdade, vivem da boa-fé dos outros. A esses, mais uma vez Salomão
aconselha: “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha para os seus caminhos e
sê sábio” (Pv 6: 6). Os homens mais
espirituais da Bíblia viviam nos labores dos seus trabalhos.
Portanto,
uma pessoa normal não pode viver sem trabalhar, mesmo não precisando prover sua
subsistência. É claro que muitos, embora desejando trabalhar, são impedidos, quer
por incapacidade física, mental, ou social. Estes, em sendo necessário, devem
ser ajudados pelo Serviço Social da Igreja, ou por algum “irmão”, em
particular. Por isto Paulo usou a expressão
“...se alguém não quiser trabalhar, não como também”
(2 Tes 3:10)
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