TRABALHO E PROSPERIDADE

ADMEP – Assembleia de Deus Estudando a Palavra


                 TRABALHO E PROSPERIDADE

                          

                                                       Aluna: Danielle Ferraz



O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE O TRABALHO?






O trabalho é um assunto que diz respeito a todos nós. Com raras exceções, todos são obrigados a trabalhar para viver e todo mundo gosta de trabalhar, de se sentir útil de alguma forma, porém todo trabalhador sonha com três coisas: aumento de salário, férias e aposentadoria.


Mas o que diz a Bíblia sobre o trabalho? A Bíblia diz que o trabalho é benção de Deus, mas também diz que trabalho é castigo. Lá no início de tudo, o Livro de Gênesis conta sobre o pecado de Adão e Eva e sobre o castigo que cada um recebeu por ter cometido o pecado da desobediência.


Eva recebeu dois castigos, veja: “Multiplicarei grandemente a tua dor, e a tua conceição; com dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará.” (Gênesis 3:16). Trocando em miúdos, a mulher passou a sofrer as dores do parto e o desejo da mulher passou para o seu marido, que passou a dominá-la. Deus acabou com a igualdade entre homem e mulher e ainda determinou que o marido dominasse a relação.


Para Adão o castigo foi só um, veja qual foi: “Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida. Espinhos, e cardos também, te produzirá; e comerás a erva do campo. No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás.” (Gênesis 3:17-19).


Como se vê, sobrou castigo até para a terra “maldita é a terra por causa de ti.” Antes do pecado o paraíso era um lindo jardim/pomar, tudo nascia e crescia espontaneamente e abundantemente e o homem só tinha que colher, era seu único trabalho. Depois do pecado, o trabalho foi o castigo imposto por Deus ao primeiro homem e a todos os outros homens, de todos os tempos.


Eva teve um castigo bem mais severo, porque por ela o pecado entrou na rotina da humanidade, mas Deus providenciou a redenção da mulher quando disse: “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” (Gênesis 3:15). Deus estava falando que através da mulher o pecado contaminou o homem, porém através da mulher nasceria o Redentor e assim a mulher foi resgatada da situação constrangedora de ser a responsável por todos os castigos relativos aos pecados e, ao fim, pela própria morte.


Ao se referir ao trabalho, Jesus disse: “E Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.” (João 5:17). O contexto era aquilo de sempre, uma discussão com os fariseus, porque Jesus curou um homem no dia de sábado, o que para o farisaísmo, era um pecado mortal.



Durante todo o Ministério na terra de Jesus, jamais se leu que Ele estava de férias em tal lugar, ou que tirou uma licença para tomar um banho de mar, ou ficar deitado numa rede só pensando na vida. Jesus trabalhou todos os Seus dias na terra.


É muito bom trabalhar e todo trabalho tem sua recompensa, veja: “Por isso concluí que não há nada melhor para o homem do que desfrutar do seu trabalho, porque esta é a sua recompensa. Pois, quem poderá fazê-lo ver o que acontecerá depois de morto?” (Eclesiastes - 3:22). Não há nada melhor do que desfrutar do fruto do nosso trabalho, da mesma forma como é triste encontrar pessoas que só vivem para o trabalho.


Tem muita gente boa que trabalha de sol a sol e nem é por necessidade, é por vício, ganância, porfia ou ego inflado demais. São os workaholics, que significa, numa tradução livre: viciado em trabalho. Isto tudo é vaidade e correr atrás do vento, como diria o bom e velho Salomão.


Todo trabalho tem recompensa, ainda que seja um salário mínimo, porém quem trabalha para o Senhor tem uma baita recompensa, veja: “E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou terras, por amor de meu nome, receberá cem vezes tanto, e herdará a vida eterna.” (Mateus 19:29). Quem tem o privilégio de trabalhar para o Senhor tem promessas nesta vida e na vida eterna.


Pois bem. O rei Salomão aplicou seu coração à sabedoria e a observar tudo o que se passa debaixo do sol e ele tinha uma opinião formada sobre o trabalho, isso é fato, porém Salomão levanta uma questão relevante sobre o trabalho e que tem gerado muitas discussões até hoje.


Diz Salomão: “Porque ao homem que é bom diante dele, dá Deus sabedoria e conhecimento e alegria; mas ao pecador dá trabalho, para que ele ajunte, e amontoe, para dá-lo ao que é bom perante Deus. Também isto é vaidade e aflição de espírito.” (Eclesiastes 2:26). Você entendeu? Vou explicar tintim por tintim.


Salomão fez a distinção entre o homem que ama a Deus e o pecador, que está há anos luz de uma relação pessoal com Ele. Ao que é bom diante de Deus, Ele dá sabedoria, conhecimento e alegria, porém ao pecador Ele dá trabalho e não só isso, Deus faz o pecador trabalhar para juntar e amontoar com o propósito de dá para o justificado, aquele que ama a Deus e tem Jesus como seu único Salvador.


Ainda sobre o trabalho, veja o que diz o Livro dos Salmos: “É inútil que madrugueis, que tarde repouseis, que comais o pão de dores: Aos seus amados ele o dá enquanto dormem.” (Salmos 127:2). O salmista não está mandando ninguém ficar dormindo em casa e não trabalhar, o que ele diz é que não adianta trabalhar sem parar, se Deus não abençoar as mãos do trabalhador.


Como se sabe que este versículo não é um incentivo à preguiça? Simples. No mesmo Salmo lemos: “Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.” (Salmos 127:1). Deus não libera ninguém de edificar a casa, muito menos dispensa a sentinela, ou as medidas de segurança que todos nós devemos tomar. Aqui se vê um incentivo a nada fazermos sem a benção do Senhor, sem pedir a Deus conselhos, sem colocarmos nas mãos certas todas as nossas atividades.


PROSPERIDADE BÍBLICA





Prosperidade, no sentido bíblico, é a medida das bênçãos de Deus, segundo Sua vontade. Não se trata apenas de “ser rico” ou ter “ótima saúde”, mas possuir: sabedoria, dons, bom (boa) esposo (a), filhos obedientes e fiéis a Deus, honras, paz, segurança, etc. Alguns termos bíblicos que descrevem a prosperidade: “bênçãos”, “bem-aventurado”, “colheita”, “abundância”, “prosperar”.


Ao longo da história humana, Deus tem usado de pessoas prósperas para abençoar seu povo: Abraão,  Isaque, José (do Egito), Davi, Salomão, etc.


·   Como obter prosperidade?


Sendo obediente: Ex 23.25, Dt 7.12-13, 11.13-15, Pv 28.20, Ap 22.7. A obediência á vontade de Deus leva o homem a gozar paz, harmonia, segurança, e usufruir dos benefícios que Deus tem reservado àqueles que O amam (2 Cr 26.5, Sl 1.3). Exemplo: as promessas feitas aos dizimistas fazem parte da bênção pela obediência (Ml 3.10,11). Isaque foi obediente, ficando em Gerar, e Deus lhe abençoou muitíssimo (Gn 26.2, 6, 12-14).


·   Podemos pedir prosperidade para Deus?

Sem dúvida, Ele nos quer abençoar sempre!  (Mt 6.33, Fp 4.19). O que ocorre, com frequência, que a prosperidade é vista egoisticamente  para o próprio deleite da pessoa que a recebe. Aí então ocorre o engano da “prosperidade sem responsabilidade”.


·   Que é “voto de prosperidade”?

É um voto feito á Deus, propondo-se a ser um canal de suas bênçãos. O voto é o seguinte: quanto mais bênçãos receber, mais a pessoa dará para outros (At 20.35). Pessoas que fizeram este voto: Abraão (Gl 3.14), Jacó (Gn 28.22), Salomão (1 Rs 3.8-9), etc.


·   A prosperidade pode cessar?


Não de todo. Mas, por motivos especiais, Deus pode fazer cessar alguma prosperidade em particular. O caso mais conhecido é o de Jó: perdeu bens, família e saúde, para alcançar uma bênção maior: conhecer Deus de perto! (Jó 42.5). “Todas as coisas cooperam para o bem...” (Rm 8.28).


·   Qual a nossa responsabilidade diante da prosperidade a nós concedida?
Será proporcional ao que recebermos (Mt 25.14-30). Especificamente, aos que receberem bênçãos materiais, estará a responsabilidade de ministrar misericórdia (1 Tm 6.17-19).


Aos que receberem grande sabedoria, será cobrado responsabilidade extra pelo seu uso . É propósito de Deus que haja diligência (cuidado) com o que recebermos: o que pouco recebe, pouco será cobrado, o que muito recebe, muito será exigido (Lc 12.48). Haverá um tribunal especial para nós, cristãos, para avaliar nossa fidelidade em relação àquilo que recebemos de Deus (“Tribunal de Cristo”: Rm 14.10, 2 Co 5.10).



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