LIÇÃO 10
10 de Março de 2013
ADMEP – Assembleia de
Deus – Ministério Estudando a Palavra
EBD - Escola
Bíblica Dominical
DEPARTAMENTO DE
EDUCAÇÃO CRISTÃ
Tema:
- HÁ UM MILAGRE EM SUA CASA
TEXTO ÁUREO
“Então, entra, e fecha a porta sobre ti e sobre
teus filhos, e deita o azeite em todos aqueles vasos, e põe à parte o que
estiver cheio”
(II
Reis 4. 4)
VERDADE PRÁTICA
A história da multiplicação do azeite da viúva
mostra claramente que o Senhor é soberano e gracioso para suprir todas as
necessidades de seus filhos.
Leitura Bíblica em Classe:
II
Reis 4. 1 - 7
Texto
Básico: II Reis 4:1-7
“Então, entra, e fecha a porta sobre ti e sobre
teus filhos, e deita o azeite em todos aqueles vasos, e põe à parte o que
estiver cheio” (2 Rs 4:4).
Introdução: - Milagre é
toda alteração da natureza criada por Deus, feita pelo próprio Deus e para a
glória de Deus! Nesta Aula, trataremos acerca do milagre ocorrido na casa de
uma viúva de um dos profetas, que falecera e deixou uma grande dívida.
Achando-se incapaz de saldar a dívida, enfrentou a possibilidade de o credor
tomar seus dois filhos para um período de escravidão. O texto em Levítico 25.39-42
determina que se o devedor não pudesse pagar a sua dívida, ele era obrigado a
servir ao credor como escravo até o ano do jubileu. Deus, porém, interveio e
concedeu-lhe a provisão suficiente para atender a necessidade urgente dela e de
seus dois filhos. De acordo com o historiador Flavo Josefo, “a viúva desta
história era a esposa de Obadias, o mordomo de Acabe em 1 Reis 18. O motivo de
a família estar endividada era que Obadias havia sustentado os 100 profetas do
Senhor que ele escondera de Acabe e Jezabel”. Essa história é muito conhecida
no meio cristão tradicional e é um exemplo importantíssimo de como a
provisão de Deus funciona na nossa vida. O texto base que relata essa história
está em 2 Reis 4:1-7. Sem dúvida, esta é uma das mais surpreendentes passagens
bíblicas para aqueles que creem que para o Senhor não há causa impossível. Esse
milagre nos ensina que a o pouco com Deus torna-se muito e a escassez pode
converter-se em abundância. O Deus de Elizeu é também o nosso Deus. Ele é
imutável - “Porque eu, o Senhor, não
mudo...”(Ml 1:17). “Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje e
eternamente”(Hb 13:8) -, e mediante sua graça continua a
alcançar os corações daqueles que estão desesperados por um milagre em sua casa.
I.
A MOTIVAÇÃO DO MILAGRE
1.
A Necessidade Humana. A sociedade de Israel era sobremodo injusta em
relação às mulheres e crianças, vetando-lhes até mesmo os direitos e
privilégios garantidos por Deus ao seu povo. Mesmo em tempos de avivamento
espiritual, elas eram vistas como seres inferiores, impedidas de participar dos
cultos, das assembleias e das festividades religiosas. Imaginem, então, numa
época de apostasia, em que o temor de Deus havia desaparecido; numa época em
que cada um fazia o que queria, ignorando por completo as leis de Deus!
Eliseu era compromissado com Deus, não com as
tradições, por isso não se calou frente à injustiça, nem se deixou moldar pela
teologia deturpada daqueles dias. Em seu ministério, mais do que no de qualquer
outro profeta, a mulher foi valorizada e seus direitos respeitados. “A
religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os
órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado
do mundo”(Tg 1:27).
Foi naquele difícil contexto que a esposa de um
seminarista ficou viúva. Como herança, o aprendiz de profeta deixou-lhe dois
filhos para criar e uma dívida para saldar. Não havia pensão, não havia seguro
de vida e não havia ninguém por ela. Por isso, não tardou surgirem os “abutres
do lucro fácil”, ávidos por confiscar-lhe os filhos.
Não tendo a quem mais recorrer, a pobre viúva
apelou ao profeta Eliseu, apesar de saber que este também não possuía recursos
financeiros. Confiava que ele encontraria em Deus uma saída para a crise. Ela
sabia que o profeta Eliseu era um homem de Deus, por isso recorreu a ele (2 Rs
4:1). As Escrituras Sagradas mostram que o Senhor socorre o necessitado: “Porque
foste a fortaleza do pobre e a fortaleza do necessitado na sua angústia...”(Is
25:4); “Porque o Senhor ouve os necessitados....”(Sl 69:33); “Cantai
ao Senhor, louvai ao Senhor; pois livrou a alma do necessitado da mão dos
malfeitores” (Jr 20:13); “Eu sou pobre necessitado; mas o Senhor cuida de mim;
tu és o meu auxílio e o meu libertador; não te detenhas, ó meu Deus” (Sl
40:17).
Os contemporâneos de Eliseu abusavam das crianças
necessitadas, tolhendo-lhes o direito, o respeito e a dignidade. E os nossos
contemporâneos, não têm feito o mesmo? Nossas crianças têm sido
comercializadas; sua inocência tem dado lucro a muita gente; seu corpo angelical
tornou-se um objeto de desejo; suas mãos delicadas se transformaram em
“mão-de-obra barata”; a formação do caráter e personalidade de milhares de
crianças inocentes e indefesas tem sido colocada à mercê de casais
homossexuais, com educação moral e espiritual totalmente desviada do padrão
judaico-cristão. Não podemos nos calar, nem fingir que tudo isso não acontece.
2.
A Misericórdia
Divina. Diante do clamor daquela viúva (1Rs 4:1), Eliseu ficou
sensibilizado e não hesitou em atendê-la. Tal como Elias fizera em Sarepta (1 Reis
17), usou do pouco que ela tinha para resolver o problema. Deus compadeceu-se
daquela mulher sofredora e interveio na sua causa. O Senhor é compassivo,
misericordioso e longânime – “Piedoso é o Senhor e justo; o nosso Deus tem
misericórdia” (Sl 116:5). “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos
consumidos; porque as suas misericórdias não têm fim” (Lm 3:22). Há grande
suprimento para toda necessidade quando Deus intervém. Coloque tudo o que tem
nas mãos de Deus e, ainda que seja pouco, se fará mais que suficiente.
II.
A DINÂMICA DO MILAGRE.
1.
Um Pouco de Azeite. Diante
do clamor da viúva, o profeta Eliseu perguntou-lhe: “Que te hei de eu fazer?
Declara-me que é o que tens em casa. E ela disse: tua serva não tem nada em
casa, senão uma botija de azeite”(2Rs 4:2). Eliseu havia compreendido o que
Deus podia fazer usando um simples vaso com azeite, a princípio insignificante,
e então disse à mulher e a seus filhos para pedir emprestado aos vizinhos a
maior quantidade de frascos vazios que pudessem (cf. 2Rs 4:3-5). O azeite era
uma mercadoria muito apreciada em Israel, servindo como alimento, medicamento,
cosmético, combustível e para fins religiosos. Aquela mulher demonstrou o seu
calor por meio da fé e por meio de um especial empenho para vender rapidamente
o produto e saldar suas dívidas.
Muitas vezes, nos sentimos como aquela viúva quando
percebemos que o que nos resta parece algo absolutamente insignificante, de
modo que nem cogitamos que aquilo possa ser usado por Deus a nosso favor.
Contudo, essa história nos mostra que Deus tem poder para transformar em muito
aquilo que nos parece pouco.
2.
Uma Fé Obediente. A
viúva e seus filhos olharam para todos os vasos cheios do azeite que viera de
sua pequena botija. Eliseu disse para ela vender o azeite e pagar a dívida
deixada por seu marido. Com o dinheiro que sobrasse, ela e seus filhos poderiam
viver por muito tempo. Aquilo foi realmente um milagre! Deus trouxe àquela
família Sua provisão de maneira extraordinária. A partir de um único vaso de
azeite que a viúva possuía, Deus foi capaz de multiplicar a quantidade de óleo
de modo a atender a necessidade urgente da família.
A fé que aquela mulher tinha no Senhor tornou
possível que ela saísse daquela situação crítica; permitiu que ela apresentasse
seu problema a Deus e confiasse nele para orientá-la no sentido de encontrar a
solução. Deus também deseja que você creia e busque em Sua Palavra a orientação
sobre o que esperar dele e sobre como agir com sabedoria nos momentos de
escassez.
Um detalhe importante no texto é a ordem de Eliseu
para a mulher: “fecha a porta” (2Rs 4:4). O que se percebe aqui é
que o homem de Deus, Eliseu, não buscou notoriedade no milagre. Ele tinha plena
certeza que Deus era quem estava operando aquele grande milagre. Então a glória
pertencia a Deus e não ao profeta. Segundo o pr. José Gonçalves, é possível que
uma das causas da escassez de milagres hoje esteja na publicidade desenfreada.
Deus quer privacidade, mas os homens gostam de notoriedade. Gostam de aparecer
e vangloriar-se (Lc 12:15). Deixam a porta aberta para serem vistos!
3.
Deus age com o que
você tem. Quando o profeta Eliseu perguntou à viúva sobre o que ela tinha em
casa, a resposta da mulher vem em um tom desanimador: “Tua serva não tem
nada em casa, senão uma botija de azeite”. Ora, se para Deus o nada já é
muita coisa, quanto mais uma botija de azeite. A provisão milagrosa lhe veio
mediante o que ela já tinha: um vaso de azeite. A provisão foi dada na medida
da fé que a mulher tinha e da sua capacidade de armazenamento. Deus usou o que
ela possuía para multiplicar-lhe os recursos e realizar o milagre de que ela
precisava. Para Deus operar um milagre a quantidade não
faz nenhuma diferença. Vejamos:
· Moisés – tinha uma vara: “… e os filhos de Israel passaram pelo
meio do mar em seco…” (Êx 14:16,21, 22).
· Sansão – tinha uma queixada de um jumento: “… e feriu com ela mil
homens.” (Jz 15:15).
· Davi
– tinha uma funda e cinco pedras: “E assim… prevaleceu contra o gigante
filisteu…” (1Sm 17:40,50).
· A
viúva de Sarepta – tinha farinha na panela e azeite na botija: “… e
assim comeu ela… e a sua casa muitos dias” (1 Rs 17:12,14,15).
· Elias
– tinha uma capa: “… e passaram ambos (Elias e Eliseu) o rio Jordão em seco.”
(2 Rs 2:8).
· Os discípulos – tinham cinco pães e dois peixinhos: “… e deram de
comer a quase cinco mil pessoas.” (Mc 6.37-44).
· O apóstolo Pedro – tinha unção e poder e disse ao paralítico: “Não
tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o
Nazareno, levanta e anda.” (At 3:6).
· A
mulher do profeta – tinha apenas uma botija de azeite. E foi a
partir desta botija de azeite que Deus operou o milagre: “E sucedeu que, todos
os vasos foram cheios…” (2Rs 4:2,6,7).
O milagre, portanto, depende do que se têm. O que é que você tem em
casa? Diante da pergunta, você poderia responder: “Não tenho nada”. Não seja
tão pessimista para enxergar o quão é suficiente para Deus para fazer um grande
milagre através daquilo que você considera não ser nada. Um martelo é
suficiente para transformar você num homem de grandes negócios. Deus irá operar
o milagre em sua vida a partir do que você tem. Se nada oferecemos a Deus, Ele
nada terá para usar. Mas Ele pode usar o pouco que temos e transformá-lo em
muito. “Sem fé é impossível agradar a Deus”.
Nós podemos nem ter tudo, e, contudo, podemos ter conosco alguma coisa
que Deus é capaz de abençoar abundantemente - “Ora, àquele que é poderoso para
fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos,
segundo o poder que em nós opera” (Ef 3:20).
Não perca a esperança! “O pouco pode ser
transformado em muito se for colocado nas mãos do Senhor e por Ele abençoado”
(Mc 6. 30-44). Creia!
III.
OS INSTRUMENTOS DO MILAGRE: OBEDIÊNCIA,
FÉ E AÇÃO.
“Então, disse ele: Vai pede para ti vasos
emprestados a todos os teus vizinhos, vasos vazios, não poucos. Então,
entra, e fecha a porta sobre ti e sobre teus filhos, e deita o azeite em todos
aqueles vasos, e põe à parte o que estiver cheio. Partiu, pois, dele e fechou a
porta sobre si e sobre seus filhos; e eles lhe traziam os vasos, e ela os
enchia” (2Rs 4:3-5). A mulher obedeceu à orientação do servo de Deus,
usando o que ela tinha em suas mãos, e o milagre da multiplicação do azeite
aconteceu. A orientação do profeta Eliseu foi simples e objetiva:
1.
“... pede
para ti vasos emprestados a todos os teus vizinhos, vasos vazios,
não poucos”. Às vezes temos que fazer algo que esteja ao nosso
alcance para receber o que Deus nos quer dar.
2.
“... fecha
a porta sobre ti e sobre teus filhos...”. A mulher devia fechar a porta,
ficar a sós com seus filhos e trabalhar. Nem sempre as bênçãos de Deus
acontecem no meio de muita gente. Neste sentido, Jesus orientou assim: “Mas
quando você orar, vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está
em secreto. Então seu Pai, que vê em secreto, o recompensará” (Mt 6:6).
3.
“... fechou a
porta sobre si e sobre seus filhos; e eles lhe traziam os vasos, e ela os
enchia”. A mulher foi ajudada por seus filhos. A
participação de nossos filhos na obra de Deus é a resposta às orações e à orientação
dos pais. Isso é uma bênção!
4.
A viúva recebeu mais do precisava - “...
E sucedeu que, cheios que foram os vasos, disse a seu filho: Traze-me ainda
um vaso. Porém ele lhe disse: Não há mais vaso nenhum. Então, o azeite parou “(2
Rs 4:6). A viúva recebeu do Senhor mais do que pedira. Seu pedido fora apenas
que seus filhos ficassem livres de viver na escravidão. Mas em sua pobreza, ela
ainda tinha muitas outras necessidades. Deus Se dispôs a suprir essas
necessidades. Ele constantemente dá aos seres humanos bênçãos muito maiores do
que eles pedem para si mesmos.
5.
“vivei do
resto” (2Rs 4:7). O milagre da multiplicação do azeite, além de
resolver o problema da dívida deixada pelo marido, proveu o sustento dela e dos
filhos por muito tempo. Às vezes Deus quer dar bênçãos duradouras e a pessoa
quer apenas as temporárias. Salvação é bênção duradoura. Cura de alguma
enfermidade é temporária.
Portanto, precisamos agir com fé, pois a fé sem obras, sem atitudes, sem
ação, é morta. A mulher pegou as vasilhas e começou a enchê-las a partir da
botija de azeite que ela tinha em sua casa. Ela foi quem encheu as vasilhas e
não o profeta. Este somente deu a orientação. Da mesma forma, Deus nos orienta,
conforme as nossas forças e os nossos recursos, a agirmos e buscarmos a solução
para os nossos problemas. Mas, nós é que devemos que correr atrás, que buscar,
que agir.
Prezado irmão e amigo, você está aguardando no
Senhor algum milagre em sua casa, em sua vida? Você tem passado por provações
na vida semelhante às desta viúva? Você é temente a Deus como essa viúva? Você
tem buscado em Deus a solução de seus problemas ou apenas tem comentado com os
outros o que você está passando? Faça como a viúva em comento: seja obediente
aos mandamentos de Deus, tenha fé e aja com ousadia e determinação.
IV.
O OBJETIVO DO MILAGRE
1.
Uma Resposta ao Sofrimento. Conforme
disse o pr. José Gonçalves, todos os milagres realizados por Eliseu deixam bem
claro que eles ocorreram em resposta a uma necessidade humana e também ao
sofrimento (2Rs 4:1-38;5:1-19; 6:1-7). O poder de Deus, manifestado através de
Eliseu, aumentou o pequeno suprimento do azeite da viúva até uma quantidade que
seria suficiente para saldar a dívida, e ainda sobrar para atender à sua
família.
Jesus Cristo realizou inúmeros milagres. Ele
libertava e curava porque se compadecia do sofrimento humano. Veja dois
exemplos dos milagres de Jesus em resposta ao sofrimento do ser humano:
- Jesus se compadece de uma mulher enferma
e a cura: “E ensinava no sábado, numa das sinagogas. E eis que
estava ali uma mulher que tinha um espírito de enfermidade havia já dezoito
anos; e andava curvada e não podia de modo algum endireitar-se. E, vendo-a
Jesus, chamou-a a si, e disse-lhe: Mulher estás livre da tua enfermidade. E
impôs as mãos sobre ela, e logo se endireitou e glorificava a Deus. E, tomando
a palavra o príncipe da sinagoga, indignado porque Jesus curava no sábado,
disse à multidão: Seis dias há em que é mister trabalhar; nestes, pois, vinde
para serdes curados e não no dia de sábado. Respondeu-lhe, porém, o Senhor e
disse: Hipócrita, no sábado não desprende da manjedoura cada um de vós o seu
boi ou jumento e não o leva a beber água? E não convinha soltar desta prisão,
no dia de sábado, esta filha de Abraão, a qual há dezoito anos Satanás mantinha
presa?” (Lc 13:10-16).
- Cura de um leproso: “E
aproximou-se dele um leproso, que, rogando-lhe e pondo-se de joelhos diante
dele, lhe dizia: Se queres, bem podes limpar-me. E Jesus, movido de grande
compaixão, estendeu a mão, e tocou-o, e disse-lhe: Quero, sê limpo! E, tendo
ele dito isso, logo a lepra desapareceu, e ficou limpo” (Mc 1:40-42).
2.
Glorificar a Deus. Os
milagres exarados nas Escrituras objetivam a glorificar a Deus. A maioria deles
é uma resposta de Deus ao sofrimento do ser humano, todavia, não se concentra
no ser humano, mas em Deus. Diferentemente do que acontece hoje em muitos
segmentos cristãos, principalmente aqueles que se expõem na mídia, os profetas
do Antigo Testamento bem como os discípulos de Cristo nunca buscaram chamar a
atenção para si através dos milagres que realizavam nem tirar proveitos deles.
No Novo Testamento, os milagres estão diretamente ligados com a obra salvífica
de Cristo e tem a função de confirmar a palavra que é pregada pelos mensageiros
do Senhor.
3.
O Milagre não tem por Objetivo Criar um
Espetáculo. Observe que os milagres não davam
testemunho dos apóstolos e sim do Senhor Jesus e da sua mensagem. Somente os
que buscam a própria gloria transformam os milagres em um show (é o que estamos
vendo hoje em muitas igrejas). Para esses, Jesus tem um recado: “Muitos me
dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu
nome, não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas?
E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós
que praticais a iniquidade” (Mt 7:22,23).
4.
Mostrar aos Homens Que a Salvação é Feita Mediante
a Fé. O milagre é uma forma perceptível de demonstração de que a fé é o meio
pelo qual alguém obtém os benefícios da parte de Deus, notadamente o do
estabelecimento de uma comunhão com Ele por meio do perdão dos pecados. O maior
milagre do ministério de Jesus, qual seja, a ressurreição de Lázaro, é uma
comprovação de que um dos intuitos dos milagres era despertar a fé salvadora no
povo, pois as Escrituras registram que muitos creram que Jesus era o Messias ao
verem Lázaro ressuscitado depois de quatro dias em que esteve sepultado (João
12:11,12).
5.
Autenticar a Mensagem de Cristo.
Após sua ressurreição e subida aos Céus, seus discípulos deram prosseguimento à
proclamação do Reino de Deus e, sem dúvida, os milagres tiveram uma
participação ativa nessa proclamação. Marcos, ao fim do seu Evangelho, conta
que quando os discípulos pregavam, o Senhor cooperava com eles realizando milagres
e dando validade à pregação, pois o poder de Deus era demonstrado junto com as
palavras - “E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes,
cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se
seguiram. Amém”(Mc 16:20).
6.
O Cuidado Com a
Supervalorização Dos Milagres. Conquanto Deus
realize sinais e maravilhas através do seu povo santo, os mesmos não devem
nortear a vida do crente. Sinais e maravilhas são feitos pelo
Senhor, que utiliza a instrumentalidade humana para esse fim, mas isso não
significa que eles são o indicativo para a orientação de Deus às nossas vidas.
Há pessoas que se colocam como reféns de milagres, como se estes fossem o marco
regulatório para a vida cristã, e não tomam nenhuma postura ou atitude na vida se
não virem milagres à sua volta. Tais pessoas precisam aprender a crer que os
milagres são parte do Evangelho, mas que a Palavra de Deus é que deve nortear a
vida do crente. Os sinais seguem aqueles que seguem a Palavra de Deus, e não os
que creem seguem os milagres.
Conclusão: - No
benevolente milagre que Eliseu realizou na casa da viúva, vemos a lição de “muitos
vasos...vazios”: (a) Havia um urgente senso de necessidade – 2Rs 4:1; (b)
Foi usado o que estava disponível, uma vaso de azeite - 2Rs 4:2; (c) A medida
da fé e da expectativa tornou-se a medida da benção - 2Rs 4:4-6; (d) A
necessidade foi atendida através da generosidade e do milagre de Deus - 2Rs
4:7.
É necessário obedecer aos princípios de Deus
exarados nas Escrituras Sagradas para alcançar a vitória sobre a escassez. De
nada adianta deixar-se dominar pela emoção, chorar e demonstrar sua necessidade
de forma aparente. É necessário que você obedeça aos princípios divinos
contidos nas Escrituras Sagradas. É necessário as orientações do Senhor para
que haja um milagre em sua casa, para que haja fartura e bênção na sua vida.
Deus espera que sigamos suas orientações sempre. Não basta saber qual é a
vontade de Deus para nossas vidas. É preciso obedecer ao Senhor quando a
vontade dele é revelada. Em certos casos, mesmo tendo a providencia de Deus, é
preciso sabedoria para tratar dos problemas. Aquela viúva viu o milagre em sua
casa, mas parece que ainda não tivera ideia de como agir com toda aquela
bênção. Ela retornou ao profeta Eliseu para lhe dar a nova, e ouviu o profeta:
“Então, veio ela e o fez saber ao homem de Deus; e disse ele: Vai, vende o
azeite e paga a tua dívida; e tu e teus filhos vivei do resto” (2 Rs 4:7).
“O Senhor é meu Pastor; de nada terei falta” (Sl
23. 1,NVI). Deus, o Pastor do Salmo 23, é Aquele que detém todas as coisas em
Suas mãos, e faz com que nada falte aos Seus. Restaura a saúde, proporciona
tranquilidade, segurança, proteção, prosperidade e fartura. Sua bondade e
fidelidade acompanham seus filhos por toda a vida. Creia nisso!
Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof. EBD – Assembleia de Deus – Ministério
Bela Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências
Bibliográficas:
William Macdonald – Comentário Bíblico popular
(Antigo Testamento).
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
O Novo Dicionário da Bíblia – J.D.DOUGLAS.
Comentário Bíblico NVI – EDITORA VIDA.
Revista Ensinador Cristão – nº 53 – CPAD.
A Teologia do Antigo Testamento – Roy B.Zuck.
Comentário Bíblico Beacon, v.2 – CPAD.
Porção Dobrada – Pr. José Gonçalves – CPAD.
Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal.
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